Reminiscente dos últimos trabalhos de Bela Tarr, "Electra, Meu Amor" de Miklós Jancsó é constituída por uma série de extremamente lentos e extremamente longos planos (há apenas oito tomas principais, cada uma com duração de uma bobine inteira de filme). Mais vídeo de música contemplativa do que filme convencional, "Electra, Meu Amor" é baseado em "Oresteia", um mito grego escrito por Ésquilo, um dramaturgo trágico antigo. O filme é protagonizado por Marie Toriocsik como Electra, uma mulher torturada que serve como uma espécie de metáfora para o povo da Hungria e seu sofrimento histórico. Ela percorre a paisagem de Jancso com uma cara melancólica, com raiva de Aegisztosz por conspirar com sua mãe para matar Agamenon, seu pai.
