A história de uma espoliação contada pelo povo das serras do Caramulo. As pessoas falam da sua vida após a violenta ocupação e florestação dos seus terrenos comunitários pelo Estado em 1941. Falam de miséria e de emigração, das rupturas e das feridas impostas pelo curso violento da história, contam as suas resistências a essa expropriação. Elas têm ainda a memória de um tempo onde as comunidades se construíam numa percepção colectiva do território que as envolvia.